No último domingo, dia 13 de dezembro na celebração Eucarística do 3º domingo do Advento nosso vigário geral, Frei José Garcia Corcuera abriu solenemente a Porta Santa do Ano Santo Extraordinário da Misericórdia na Prelazia de Lábrea. Nosso bispo Dom Jesus Moraza delegou Frei José em razão de encontrar-se em Porto Velho para a posse e acolhida do novo bispo da Arquidiocese, Dom Roque Paloschi.
A celebração teve início às 19h30min diante da Porta Santa da Catedral de Lábrea com grande participação dos fiéis que lotou a igreja. Inicialmente Frei José apresentou o Ano Santo e a Porta Santa, destacando sua relevância e significado profundo para a vivência da nossa fé, considerando que não se trata de algo corriqueiro na vida da Igreja além da novidade de que o Papa Francisco pela bula Misericordiae Vultus (O rosto da misericórdia) definiu as catedrais, santuários e outras igrejas importantes como lugares referenciais para o Ano Santo nas Dioceses.
Em seguida fez-se a leitura do último trecho da bula de convocação do Jubileu (n. 25) e após, o rito de abertura e a procissão de entrada pela Porta Santa. A assembleia participou com muita alegria e fé desse momento solene que ficará marcado em suas vidas.
Assim, conclui-se a mensagem da bula Misericordiae Vultus do Papa Francisco: Será, portanto, um Ano Santo extraordinário para viver, na existência de cada dia, a misericórdia que o Pai, desde sempre, estende sobre nós. Neste Jubileu, deixemo-nos surpreender por Deus. Ele nunca se cansa de escancarar a porta do seu coração, para repetir que nos ama e deseja partilhar conosco a sua vida. A Igreja sente, fortemente, a urgência de anunciar a misericórdia de Deus. A sua vida é autêntica e credível, quando faz da misericórdia seu convicto anúncio. Sabe que a sua missão primeira, sobretudo numa época como a nossa, cheia de grandes esperanças e fortes contradições, é a de introduzir a todos no grande mistério da misericórdia de Deus, contemplando o rosto de Cristo. A Igreja é chamada, em primeiro lugar, a ser verdadeira testemunha da misericórdia, professando-a e vivendo-a como o centro da Revelação de Jesus Cristo. Do coração da Trindade, do íntimo mais profundo do mistério de Deus, brota e flui incessantemente a grande torrente da misericórdia. Esta fonte nunca poderá esgotar-se, por maior que seja o número daqueles que dela se abeirem. Sempre que alguém tiver necessidade poderá aceder a ela, porque a misericórdia de Deus não tem fim. Quanto insondável é a profundidade do mistério que encerra, tanto é inesgotável a riqueza que dela provém.
Neste ano jubilar, que a Igreja se faça eco da Palavra de Deus que ressoa, forte e convincente, como uma palavra e um gesto de perdão, apoio, ajuda, amor. Que ela nunca se canse de oferecer misericórdia e seja sempre paciente a confortar e perdoar. Que a Igreja se faça voz de cada homem e mulher e repita com confiança e sem cessar: “Lembra-te, Senhor, da tua misericórdia e do teu amor, pois eles existem desde sempre” (Sl 25[24],6).
Marcelo Viana – Coordenador do COMIPA/LÁBREA