Posso te servir um café?

Naquela tal Ascensão, embora houvesse palavras de motivação,
Um certo ar de tristeza tomou a atenção.
Orfandade, desilusão, despedida, não se sabe o que era aquilo.

Se bem que que ele disse que estaria presente,
Nao sei se por medo ou devoção,
Uma nova oração nos contagiou,
Mais bela agora pois tinha vozes femininas,
Fraternais e ainda mais, maternal.

Rudes, doutos, radicais, moderados
Pobres, ricos, que diversidade.
Imagine só! Uma só alma e um só coração!

Neste terreno de tantos solos,
Uma brisa regou,
Nesta “friagem” de particularidades,
Um calor empolgante tudo reuniu.

O “eis que eu estarei convosco todos os dias” se cumpriu,
A força do alto fez tudo florir,
Olhares se entrelaçaram, abraços se multiplicaram,
A sede de comunhão foi saciada com empolgação.

Ah! Que glória de valor, que glória de manifestação!
Ah! Agora se compreende a Cruz, a grande hora!
Lado aberto, dom, manifestação, salvação.

Ochente maninha deixe de aperreio,
Porque isso é um trem bão demais da conta sô,
Agora agente se entende,
Pois Deus mesmo, habita em cada coração,
Borimbora partilhar este dom,
Exercendo os carismas na Missão.

Aquele que tudo desentorta, trabalha agora em nós!
Espírito que sopra em toda parte,
Fogo que tudo incendeia,
Por quê ter medo?
Por quê ficar parado?

A dose é transbordante, não permite racionamento,
Ou se doa na totalidade, ou se resta na mediocridade.
Cavuca com confiança no solo de tua alma,
E uma inundação de bondade vai fecundar tua história.

Não oprima, não encarcere, Aquele que tem asas,
Libertação já! Não abafe dons e carismas!
Eles existem para serem partilhados!

Ah Divino, que coragem! Habitar o humano!
Ah Divino, que exemplo! Dignificar o humano!

Bem meu Divino Amigo, meu melhor inquilino,
Bem vindo! Não olhe a bagunça!
Obrigado por esta doce presença!
Posso te servir um café?

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