Poderia Deus nos esquecer?
Quando vivenciamos nossos exílios existenciais, quando nos deparamos com nossas cidades interiores destruídas, quando experimentos as amarguras das incompreensões, somos tentados à duvidar da “terna memória do Amor”. Parafraseando d. Helder Câmara, aqueles que são amados no Senhor, são como cana de açúcar, quanto mais esmagados, mais doçura derramam.
Nada pode destruir uma aliança selada, uma maternidade degustada, uma paternidade celebrada, e mesmo se todas as seguranças desta terra caem por terra, o Amor permanece fiel naquilo que ele faz de melhor: amar. O Antigo Testamento nos apresenta a paternidade/maternidade de Deus, “todo outro” e ao mesmo tempo, “todo próximo”.
Este amor é o Rochedo onde depositamos nossa confiança, mesmo se os oásis de nossas buscas se encontram secos, ele faz jorrar água da pedra para matar nossa sede de paz. Permanecer fiel e tecer uma relação de confiança, eis a nossa vocação.
Somos livres no Libertador que nos ensina o caminho da fraternidade, deixando de lado os riscos “de querer ser juiz de tudo e de todos”. Estes últimos nos lança nas querelas do mal enquanto o primeiro nos faz repousar na alegria.
Onde está o teu coração? No ser irmão ou no ser juiz? Em amar ou julgar? A fraternidade se realiza na compaixão, o julgamento traz cansaço e punição. Onde está nossa alegria: na compaixão ou na punição?
Buscando o Reino contemplamos a beleza das flores e a liberdade dos pássaros, administramos os tesouros e guardamos a serenidade. Tudo é acrescentado em abundância.
Por pe. Éder Carvalho Assunção – Missionário da Prelazia de Lábrea no Corno da África [email protected]
Uma leitura orante:
1ª Leitura – Is 49,14-15
Salmo – Sl 61,2-3.6-7.8-9ab (R.6a)
2ª Leitura – 1Cor 4,1-5
Evangelho – Mt 6,24-
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