Pastoral Carcerária

Chamados a ser Profetas: Pastoral Carcerária celebra 03 anos de Renovação

Lábrea

A Pastoral Carcerária da Prelazia de Lábrea celebrou  03 anos no dia 09 passado. Em celebração eucarística na Comunidade São Lázaro, onde se encontra a delegacia da cidade que funciona como “presídio”, agradecemos a Deus pela vida de cada agente da Pastoral Carcerária. Na liturgia celebrou-se a festa de São José de Anchieta, o apóstolo do Brasil.

No dia seguinte os agentes se reuniram para estudo do Manual de Formação: Agentes da Pastoral Carcerária. O encontro encerrou-se com uma confraternização.

Contextualizando

Todas as quartas os agentes da pastoral visitam os encarcerados de Lábrea. Recentemente conseguimos liberação para um trabalho de grupo envolvendo os encarcerados e seus familiares na sala de visitação. Os agentes promovem orações, partilha bíblica e o encontro humanizado dos familiares com os encarcerados.

Realidade dos Sistema Carcerário em Lábrea

Lábrea não possui presídio, portanto, os presos são encaminhados para a Delegacia, onde são privados de banho de sol e de qualquer outro recurso destinado à re-socialização. São 07 celas super-lotadas: ambiente hostil e insalubre. Numa das celas, é comum encontrarmos menores, embora em cela separada, no mesmo ambiente, o que afronta o ECA. Isto acontece pois a cidade não dispõe de estrutura para receber os menores infratores.

A polícia civil, responsável pela carcerária, trabalha com efetivo reduzido, insuficiente para atender as demandas do município. O poder judiciário é lento e ausente. Há muito tempo não se têm juiz residente na comarca.

Enfim, a impunidade  e a inexistência de re-socialização no sistema carcerário de Lábrea, gera um ar de insegurança e vulnerabilidade social. Os poderes constituídos por direito são inoperantes e o Governo do Estado do Amazonas simplesmente, omisso e também responsável pelo caos vivenciado nos sistema carcerário de Lábrea.

Enquanto isso…

A Pastoral Carcerária se resume em ser presença do Cristo no Cárcere, visitando não o criminoso, e sim um irmão. Para o agente não importa em qual artigo o encarcerado está enquadrado, simplesmente se contempla que ele é portador de esperança e passível a ter uma vida nova e assim, colaborar com a construção de um reino de paz e justiça. Utopia: sim! Em vez de vingança, optamos pela restauração!

Por: pe. Éder Carvalho Assunção

[email protected] 

Coordenação de Pastoral da Prelazia de Lábrea 

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