Seguindo os pobres pastores,
em seus rastros com “cheiro de ovelha”
nos debruçamos…
diante da Simplicidade que enobrece a humanidade.
Um Curumim , gente como agente,
com pele vermelha,
amamentado na ternura, rodeado de cordialidade.
Envolto em humanidade de maneira tal
que nos “faz desconfiar” de sua divindade.
Beleza e criatividade, poder e fragilidade
numa comunicação antes nunca vista,
agora, porém, degustada com suavidade.
Oh Curumim, que tamanha doação!
Deixar a realeza por desbravar a humanidade.
Totalmente sagrado, totalmente humano…
que loucura, que simbiose .
Tuntum… tuntum…
é verdade agora no Coração da Trindade…
bate um “coração de verdade”… humano-divino…
Emanuel, sua maloca foi bem armada entre nós.
E agora o nosso pobre Tapiri,
Também, foi elevado até Vós.
Oh Curumim… não durma não! Acorde!
Desperta em nós a humanidade perdida,
devorada pela superficialidade…
desperta nós o homem simples
que “se contenta em te contentar”,
que se encanta com a simplicidade das pequenas coisas…
Hoje em nossa casa, em nosso seringal,
em nossa aldeia, em nosso deserto…
as dores de um parto são a nossa alegria…
a “mãe velha” que acompanha o parto
nos alegra com a notícia da fecundidade de um Ventre Virgem…
Oh…. Curumim… “merci pour d’être là”.
Por pe. Éder Carvalho Assunção
Missionário da Prelazia de Lábrea no Corno da África [email protected]
Leitura Orante:
Is62,11-12 / Sl 96 / Tt3.4-7 / Lc2,15-20