Dia Mundial do Doente recordado em Fátima com o tema da proximidade aos que mais sofrem

Sob o tema escolhido pelo Papa Francisco, “Fé e caridade: ‘Também nós devemos dar a vida pelos nossos irmãos’ ”, o Santuário de Fátima junto com toda a Igreja comemorou o dia Mundial do Doente. No Santuário Mariano houve a recitação do Rosário e uma especial Eucaristia por todos os fiéis enfermos, invocando a Intercessão da Virgem de Fátima, presidida pelo padre José Manuel Pereira de Almeida, sacerdote e médico, que animou os presentes a, além de rezar, serem também solidários com os que sofrem devido à enfermidade.

Segundo a sala de Imprensa do Santuário, os fiéis pediram a Nossa Senhora que “ampare os doentes no seu caminho com o Seu amor de Mãe” para que, por intercessão divina, os doentes “recebam da cruz de Cristo toda a esperança e coragem de que necessitam”.

Na ocasião que congregou centenas de fiéis na Basílica do Santuário, o padre José Manuel Pereira de Almeida, coordenador da Comissão Nacional da Pastoral da Saúde, apresentou uma reflexão teológica sobre os significados da doença e do mistério do sofrimento; apoiou a sua meditação em vários textos da Sagrada Escritura.
O sacerdote do patriarcado de Lisboa, que também é médico, escolheu a proximidade como a grande exortação para este 22.º Dia Mundial do Doente.

“Ser próximo é a gente aproximar-se do outro e tratá-lo como irmão. O bem é aquele que podemos realizar nas circunstâncias da nossa vida”, afirmou o sacerdote, que vincou que “não são necessários muitos gestos heroicos, mas os humanamente possíveis, para nos tornarmos cada vez mais humanos”, .

Ser plenamente humano, referiu, é “sermos como Jesus, visto pela Tradição como o que passou fazendo o bem, o Bom Samaritano da humanidade”. Assim, a aproximação ao irmão doente deve ser “ir”, “porque ‘ir’ é o primeiro movimento para sermos e vivermos como Jesus; ir ao encontro porque o outro precisa de ajuda, não porque eu preciso; é ir com Jesus e como Jesus ao pobre, ao doente, ao nu, ao fraco, ao preso”.

Mesmo parecendo um paradoxo, afirmou o coordenador da Pastoral da saúde em Portugal, a pessoa que se aproxima encontra Jesus no doente: “os meus irmãos doentes que aqui se encontram são a imagem e o lugar em que Jesus se mostra presente”.

Dar a vida, afirmou, “parece uma coisa radical, um exagero, mas todos sabemos o que é dar atenção, ou dar tempo, ou dar um sorriso”, “não é preciso uma coisa extraordinária, dar acolhimento, dar ouvidos, dar bom clima, um bom conselho, dar a vida é fazer viver à nossa volta”, concluiu.

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