Cleusa… tua vida é pascal, teu sonho real, uma utopia existencial.

Fragilidade e fecundidade, marcas de um corpo doado, de uma vida derramada. Frágil em sua fisionomia, fecundo em sua mística.

Assim era Cleusa, frágil diante do Mistério da Eucaristia, gigante na entrega diária.

Rios, matas e muito mais que isso, gente dos rios, gente das matas, a nutriram com uma mística de resistência.

Xibé, jacuba, mugengué, tudo isso ela degustou, mas muito mais, saboreou a alegria ribeirinha e a espontaneidade indígena.

Assim como o idoso ribeirinho conhece de longe o motor do rabecão que soa nas praias acima, assim Cleusa escutou o clamor da terra e das águas.

A canoa era a sua capela,  onde o Cristo sempre assumia o timão, em suas longas jornadas, seja com sol, ou com chuva, nela o sacramento da entrega se atualizava.

Cleusa, terna, misericordiosa, maternal por excelência, extremamente fecunda.

Seu corpo não tombou, ele foi semeado, se tornou um com os espíritos ancestrais que formam a mesma terra que agora toca teu corpo.

Sua vida é pascal, seu sonho real, uma utopia existencial.

Cleusa, tua vida clama, teus herdeiros em ti confiam.

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