“Senhor, não te incomodes, pois não sou digno de que entres em minha casa”
Neste ano da Misericórdia temos a alegria de contemplar o Evangelho na perspectiva da compaixão. Cristo, a Misericórdia do Pai, compassivo por excelência nos ensina a acolhida do outro, ressaltando a dignidade filial de toda pessoa humana.
Em direção ao pobre, ao leproso, ao estrangeiro, à mulher marginalizada… assim se encontrava o Cristo e encontra-se hoje em Espírito na missão da Igreja. O grito do pobre toca o coração transpassado de Cristo, que através dos seus missionários e missionárias, continua a atender na ternura “aqueles que não são dignos”.
Como é difícil encontrar comunidades repletas de “digníssimos” que ignoram o Evangelho de Cristo para viverem o evangelho da conveniência e da prosperidade, onde a compaixão e a misericórdia são confiadas às obras sociais.
Qual evangelho eu anuncio com minha vida?
Qual evangelho é pregado em minha comunidade?
A crise e indignação de Paulo na liturgia de hoje deveria nos questionar. Fidelidade ao Evangelho: Presépio, Cruz e Sacrário. Simplicidade de vida que “compra” a dor do outro. Cansaço fecundo e realizador no “portar” a Cruz com o outro. Alegria compartilhada na certeza da presença do Ressuscitado.
Por pe. Éder Carvalho Assunção
Missionário da Prelazia de Lábrea no Corno da África [email protected]
1ª Leitura – 1Rs 8,41-43
Salmo – Sl 116,1.2 (R.Mc 16,15)
2ª Leitura – Gl 1,1-2.6-10
Evangelho – Lc 7,1-10