Conduzidos pelo mesmo Espírito hoje podemos dizer Abba Pai no Filho que nos faz filhos

Eis que eu estarei convosco todos os dias até o fim dos tempos

Celebrando a Solenidade da Santíssima Trindade encontramos uma oportunidade de mais uma vez nos lançarmos no Mistério do Amor que é sempre sem explicação. Ele nos desconcerta em nossas teorias e nos oferece um caminho de ternura para todos aqueles que se abrem à sua proposta de Amor.

O Mistério da Santíssima Trindade nos envolve na dinâmica da Revelação. O Espírito atualiza em nós tudo o que o Pai criou e recriou no Filho. Conduzidos pelo mesmo Espírito hoje podemos dizer Abba Pai no Filho que nos faz filhos deste Mistério de Amor que se revela como um seio materno que gesta… que cuida… que ama…

Este Mistério nós contemplamos ajoelhados, inclinados, prostrados… numa atitude de reconhecimento que Deus nos ama na gratuidade e nos faz dizer como o salmista: nos Senhor esperamos confiantes, pois Ele é nosso auxílio e proteção.

Reconhecer esta presença do Sagrado em nossa vida exige de nós gravar no coração através da memória cordial todas as provações vencidas, os sinais enviados e os prodígios alcançados, através do cuidado maternal da Santíssima Trindade para com o povo escolhido.

Em nossa história pessoal contemplamos também esta presença materna da Santíssima Trindade:

  • Seríamos nós capazes de vencer as provações ao longo da nossa vida sem a graça de Deus?
  • Quantos sinais e prodígios Deus realizou gratuitamente em nossa vida através da simplicidade das pequenas coisas de cada dia?

Enfim, a Revelação de Deus se deu de maneira plena em Jesus Cristo, no seu Mistério Pascal. É por isso que hoje ele nos convida novamente à periferia da Galileia. Todo mundo espera a manifestação no grande centro, na capital… sob os holofotes… e Ele escolhe a Galileia. Muitos de nós ainda temos dúvidas no coração pois temos medo de ir para as periferias… temos medo da Galileia.

No encontro com o Ressuscitado a comunidade de Pentecostes recebe o envio: Ide e Batizai, ou seja, saiam… aqui podemos lembrar o Papa Francisco… sejamos uma Igreja em saída…  e mergulhai, batizai a todos neste Mistério de Amor.

Eis que eu estarei convosco todos os dias até o fim dos tempos

Esta é a garantia que Ele nos oferece… sua presença terna e amiga que nem sempre sabemos apreciar.

Quando fazemos o sinal da Cruz renovamos nosso projeto de viver em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. O sinal é profético e não pode ser utilizado como superstição. Ao entrar e ao sair da Igreja podemos nos benzer com água benta e ao mesmo tempo podemos renovar o nosso batismo. Mas é preciso ter atenção, pois as vezes traçamos o sinal da cruz mas vivemos somente em nome do nosso egoísmo, em nome do nosso pecado e em nome da nossa hipocrisia. Portanto, devemos desejar com o coração a vida divina e presença de Deus em nossa história.

Dt 4,32-34.39-40/ Sl32/ Rm8,14-17/ Mt28,16-20

Por pe. Éder Carvalho Assunção – Missionário da Prelazia de Lábrea no Corno da África [email protected]

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