Campanha da Fraternidade Ecumênica-2016: Casa comum, nossa responsabilidade

A Paróquia de Lábrea realizou nos dias 05 e 06 de dezembro um encontro de formação sobre a Campanha da Fraternidade Ecumênica – 2016, que traz como tema: “Casa comum, nossa responsabilidade”, e o lema: “Quero ver o direito brotar como fonte e correr a justiça qual riacho que não seca” (Am 5,24).
O encontro aconteceu no Centro Comunitário Santo Agostinho com a participação de representantes das comunidades e pastorais; do vereador Sebastião Braga representando a Câmara Municipal, e infelizmente não teve representação das igrejas protestantes, embora tenham sido convidadas, considerando que a Campanha será ecumênica. Foi assessorado pela equipe de Campanhas da Prelazia de Lábrea composta por Frei Jesus Cortés (OAR), Leydiane Rebouças e Vanessa Araújo, bem como pelas representantes do Regional Noroeste: Irmã Orila Maria Travessini (Mscs) e Rita de Cássia (secretária do Regional Noroeste da CNBB).
Após a acolhida feita pelo coordenador de pastoral, Orly Côco, e o momento de espiritualidade que foi conduzido pela Ir. Orila Maria tomando como base de reflexão a passagem bíblica de Apocalipse 22,1-5, seguiu-se a apresentação do tema por Vanessa Araújo.

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Destacou-se na apresentação a alegria de podermos celebrar a IV Campanha da Fraternidade Ecumênica (CFE) levando em conta o testemunho e a caminhada ecumênica, bem como a motivação fundamentada na compreensão de que, no centro da vivência ecumênica, está a fé em Jesus Cristo. Ressaltou-se que além das cinco igrejas que integram o Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil (CONIC), somaram forças também: a Aliança de Batistas do Brasil, o Centro Ecumênico de Serviços à Evangelização e Educação Popular (CESEEP) e a Visão Mundial. Outra novidade é que será uma Campanha internacional, porque a Misereor, organização dos bispos católicos alemães para a cooperação e o desenvolvimento, integrou-se nessa causa.
Tratando-se especificamente do tema e lema da CFE-2016, enfatizou-se que a partir dos mesmos, duas dimensões básicas para a subsistência da vida serão abarcadas a um só tempo: o cuidado com a criação e a luta pela justiça, sobretudo dos países pobres e vulneráveis. Desejando-se assim instaurar processos de diálogo que contribuam para a reflexão crítica dos modelos de desenvolvimento que têm orientado a política e a economia com base em um problema específico que afeta o meio ambiente e a vida de todos os seres vivos, que é a fragilidade e, em alguns lugares, a ausência dos serviços de saneamento básico em nosso país.

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Dando continuidade a dinâmica do encontro, Frei Jesus Cortés apresentou a primeira parte do texto-base: ver – partindo de uma análise da realidade do saneamento básico no Brasil como forma de percebermos a relevância do tema. Falou-se sobre o entendimento de saneamento básico; sua relação com saúde; sua urgência no Brasil; sua relação com o direito à moradia saudável; estatística em relação às cidades e resíduos; estatísticas para além da cidade; sua relação vital com a água potável, com a produção industrial, com a produção de lixo doméstico, com esgoto sanitário e regionalização; e para finalizar falou sobre saneamento básico na legislação brasileira.
Em seguida os grupos de trabalhos envolvendo os participantes aprofundaram a primeira parte do texto-base confrontando com a realidade local e apresentaram em planária suas reflexões.
Após o almoço, Ir. Orila apresentou a segunda parte do documento: julgar – contextualizando a partir da realidade bíblica os anseios de relações das pessoas entre si, com Deus, a natureza e os bens materiais. De acordo com o texto-base “a Bíblia é uma revelação progressiva. Mesmo antes da revelação plena que veio através de Cristo, profetas já anunciavam aspectos importantes da caridade e da justiça que faziam parte do grande projeto de Deus (n. 116)”.
Depois da explanação, os grupos reuniram-se mais uma vez para aprofundarem em partilha à luz da realidade as fundamentações bíblicas que iluminam essa Campanha. Em seguida os grupos expressaram seu entendimento de forma dinâmica com encenações e músicas.

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No domingo (06) pela manhã após a oração e acolhida, Rita de Cássia apresentou a terceira parte do texto-base: Agir – enfatizando a vivência da CFE, pois “o cuidado com a casa comum não depende apenas do poder público. Exige uma mudança profunda na forma como nos relacionamos com os recursos naturais (n. 167)”.
Para tanto é de suma importância que assumamos nossa responsabilidade individual contribuindo para essa mudança de mentalidade e agir. No tocante ao assumir-se corresponsáveis no cuidado com a nossa casa comum falou-se de participação e educação para a sustentabilidade.
Em seguida, os representantes das comunidades reunidos por setores da Paróquia, bem como um grupo de professoras, traçaram programação de repasse da capacitação sobre a Campanha como forma de divulgarmos amplamente o tema, objetivos e perspectivas da CFE-2016 como forma de conscientização e sensibilização da sociedade como um todo. Os grupos também assumiram um gesto concreto na linha da educação para a cidadania a ser desenvolvido nas comunidades e escolas.

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O encontro de formação terminou as 11h00min após a oração e os agradecimentos à equipe de campanhas e assessoria do regional.

Marcelo Viana – Coordenador do COMIPA/LÁBREA

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