Acolhe-se porque se toma a atitude de “continuar amando” sem nada mendigar, sem nada esperar.

Acolher o outro na sua totalidade, suportando suas dores e alegrias, seus vícios e suas virtudes, suas graças e seus pecados… é próprio de quem ama. Acolhe-se porque se toma a atitude de “continuar amando” sem nada mendigar, sem nada esperar.

Aqueles que vivem a dinâmica da hospitalidade existencial acolhem em suas vidas o mistério do amor sem medida. Esta hospitalidade não se resume em atender as necessidades básicas diárias, mas, sobretudo a capacidade de dialogar, escutar e silenciar. Quando o acolhido traz em si as dores dos traumas ou o remorso de “erros imperdoáveis”, aquele que acolhe apenas o abraça como o Pai das Misericórdias. Nesta dinâmica não existe sermão, catequese ou doutrinação, somente a liturgia da compaixão.

Abraão acolheu Deus em sua tenda revelando a simplicidade do Sagrado que quis precisar da acolhida humana. Marta e Maria acolheram Jesus, seja na contemplação, seja na turbulência das preocupações.

Que bom seria se nossas comunidades encontrassem o caminho da hospitalidade, deixando de lado o julgamento e o moralismo terrorista que afasta “os prediletos de Jesus” de nossas liturgias.

Por pe. Éder Carvalho Assunção

Leitura Orante XVI Dim T.Com C

1ª Leitura – Gn 18,1-10a

Salmo – Sl 14,2-3a.3cd-4ab.5 (R. 1a)

2ª Leitura – Cl 1,24-28

Evangelho – Lc 10,38-42

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