Nossa Senhora da Consolação

Hoje celebramos a festa de Nossa Senhora da Consolação. Esta devoção agostiniana chegou em nossa prelazia com os freis agostinianos recoletos. O povo a acolheu com muito carinho e hoje recorda a “consolação” dada por Nossa Senhora a Santa Mônica.

É por isso que hoje nos unimos à família agostiniana para agradecer a Deus por ter-nos dado a “maternidade espiritual da Virgem Maria”. Esta maternidade nos impulsiona no discipulado missionário e nos encoraja diante das “desolações”.

Confira abaixo algumas informações sobre esta devoção:

A Mãe da Consolação

Fonte: http://www.santarita-oar.org.br/

A invocação é antiga. Vamos primeiro recordar a lenda para depois centrar o interesse nos poucos dados que possuímos com caráter histórico.

Conta à lenda que, angustiada pela perda de seu esposo Patrício e pelos extravios de seu filho Agostinho, Mônica recorreu à Virgem pedindo-lhe ajuda e solicitando que lhe revelasse como Ela se vestia depois da morte de seu esposo, São José.

Maria a consolou com uma aparição, na qual lhe mostrou um vestido de cor negro, cingido com um cinturão de couro e entregou-lhe sua correia prometendo proteger todo àquele que vestisse como Ela e se cingisse com sua correia.

A lenda se propagou durante os séculos XIV e XV e alcançou seu apogeu nos dois séculos seguintes. Paralelamente os agostinianos atribuíram à correia valores taumatúrgicos e lhe deram um significado místico. A correia passou a ser símbolo de mortificação, disponibilidade e pureza.

Logicamente a lenda carece de base histórica e nos conduz a um mundo aberto ao irreal e maravilhoso, que já não é o nosso. Porém, é correto dizer que “reflete um fato que, de um ou outro modo, teve que suceder no coração de Mônica, e funde em uma única realidade três devoções de todo agostiniano: à Mãe de Deus, a Santo Agostinho e à Santa Mônica”.

“A Consolação recorda a alegria de Mônica pela conversão de seu filho e aviva em nossos corações a esperança de que Maria não deixará nunca de velar por nós e nossos entes queridos” (Frei Angel Martinez Cuesta).

Segundo os dados históricos, em sua origem, nenhum laço especial relaciona esta invocação à Ordem Agostiniana.

A Idade Média, dentro de sua rusticidade cultural e relaxamento dos costumes, teve acertos louváveis em outros múltiplos aspectos da vida de fé, entre outros, descobrir o papel da Virgem no plano religioso, e em consequência, fundamentar dogmaticamente e difundir sua devoção com entusiasmo.

Consta que em meados do século XV os agostinianos veneravam no norte da Itália uma imagem de Maria, invocada sob este precioso nome.

Em 1575 a Confraria fundada em Bolonha uniu-se à de Cinturados de Santo Agostinho. A união passou a formar uma Arquiconfraria que adotou o título de “Cinturados de Santo Agostinho e de Santa Mônica” sob a invocação de Nossa Senhora da Consolação.

A partir de então a devoção e o culto se propagaram constantemente, favorecidos pelos Papas e pelo zelo dos agostinianos.

O autêntico sentido teológico da invocação de Nossa Senhora da Consolação, tão caro a todo agostiniano, está fielmente refletido na oração coleta de sua festa:

 

Por meio da Virgem Maria, te dignaste enviar a teu povo a verdadeira Consolação, Cristo Jesus…

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