Celebrando a Páscoa do Senhor, o nosso coração se alegra, pois saboreamos a Misericórdia de Deus na pessoa de Jesus Cristo, nosso Senhor e Salvador. Renovamos em nossa alma a graça pascal, reconstruímos em nossa existência a alegria que brota da Cruz.
Como rezamos na coleta:
Fazei, Senhor, que compreendamos melhor o batismo que nos lavou, o espírito que nos deu vida nova, e o sangue que nos remiu.
Aqueles que foram batizados no Cristo, ungidos na força do Espírito, alimentados na Ceia do Senhor, depositam diante do altar “suas vestes brancas”, professando assim, o desejo de permanecer firme na fé pascal.
Minha palavra se dirige a vós, filhos recém-nascidos, pequeninos em Cristo, nova prole da Igreja, graça do Pai, fecundidade da Mãe, germe santo, multidão renovada, flor de nossa honra e fruto do nosso trabalho, minha alegria e coroa, todos vós que permaneceis firmes no Senhor.
(Santo Agostinho)
É a misericórdia de Deus que nos restaura, exorciza e cura. Nela somos regenerados. É isso que celebramos em cada domingo, nossa “Páscoa Semanal”. Que bom seria se tomássemos consciência de tão grande dom, de tão grande mistério.
A multidão vinha até das cidades vizinhas de Jerusalém, trazendo doentes e pessoas atormentadas por maus espíritos. E todos eram curados.
Dai graças ao Senhor, porque ele é bom! “Eterna é a sua misericórdia!”
“Ele está no meio de nós”, ele caminha conosco. Não estamos sozinhos. Mesmo quando a aparência dos sofrimentos nos lança num mar de incertezas, podemos sentir sua ternura que nos abraça num calor restaurador.
“Não tenhas medo. Eu sou o Primeiro e o Último, aquele que vive. Estive morto, mas agora estou vivo para sempre. Eu tenho a chave da morte e da região dos mortos.
Neste Jubileu da Misericórdia, temos a graça de contemplar Jesus Ressuscitado com as marcas da Paixão. O Eterno eterniza em seu Corpo as marcas do “não ser amado” que agora são contempladas como “ninguém te ama como eu”.
“Põe o teu dedo aqui e olha as minhas mãos. Estende a tua mão e coloca-a no meu lado. E não sejas incrédulo, mas fiel”
Assim, seguimos balbuciando: Meu Senhor e meu Deus. Assim buscamos forças no Espírito para trazer em nosso corpo as marcas da Paixão. Que bom seria se cada batizado trouxesse sobre si não somente símbolos religiosos, mas marcas sacramentais de suas aventuras no serviço da misericórdia.
Quais são as marcas que trago em meu corpo? Quais são os sacramentos da minha entrega doação?
Hoje, recordamos a vida do Padre Paolino Baldassari, que ontem celebrou 90 anos numa UTI em Rio Branco. Durante mais de 60 anos ele tem sido um testemunho de amor pelos povos da Amazônia. Em seu corpo franzino.. sua voz rouca… sua velha batina… seu sorriso incomparável… sua ternura para com os pobres… contemplamos as marcas da Paixão do Senhor que se atualiza na vida dos missionários que amam “sem medida e sem explicação”.
Uma Leitura Orante:
1ª Leitura – At 5,12-16
Salmo – Sl 117,2-4.22-24.25-27a(R.1)
2ª Leitura – Jo 1,9-11a.12-13.17-19
Evangelho – Jo 20,19-31
Por pe. Éder Carvalho Assunção Missionário da Prelazia de Lábrea no Corno da África [email protected]
